Desvendando os maiores mitos sobre o Marketing de Influência e porque eles não correspondem à realidade

Você já parou para pensar o quanto o Marketing de Influência se tornou uma peça fundamental no universo digital? Apesar de sua crescente popularidade, ainda existem muitas dúvidas e equívocos sobre o tema. Muitas pessoas estão expostas diariamente a conteúdos feitos por influenciadores, mas pouco sabem sobre as estratégias e processos envolvidos. Isso contribui para a criação de mitos que acabam confundindo quem quer entender como funciona essa poderosa ferramenta de marketing.

Neste artigo, vamos explorar alguns dos principais mitos que cercam o Marketing de Influência. São crenças bastante comuns, mas que não resistem a uma análise mais aprofundada embasada em dados e práticas do mercado. A partir daí, você poderá enxergar esse segmento com mais clareza e discernimento, tanto para aplicar estratégias mais eficientes quanto para avaliar as campanhas das marcas que lhe interessam.

Marketing de Influência vai muito além da visibilidade: entenda suas múltiplas funções

Um dos maiores equívocos sobre o Marketing de Influência é que ele serve apenas para gerar visibilidade ou “aparecer” para o público. Essa ideia limitada ignora a diversidade de objetivos que essa estratégia pode alcançar. Na prática, o Marketing de Influência é uma ferramenta versátil e pode ser integrada em diferentes fases do funil de vendas, desde o reconhecimento da marca até a concretização da compra.

As campanhas de influência podem contemplar três grandes categorias:

• Awareness (conscientização): campanhas focadas em ampliar o alcance e a exposição da marca para novos públicos.
• Branding (posicionamento): ações voltadas para fortalecer a imagem e os valores da marca perante audiências específicas.
• Conversão: campanhas que incentivam diretamente uma ação, como compra, download ou cadastro.

O entendimento de qual tipo de campanha utilizar, e quando, é essencial para que o investimento no Marketing de Influência traga resultados concretos. Além disso, é possível combinar diferentes estratégias em uma mesma ação para potencializar os impactos.

Por exemplo, uma marca que lança um novo produto pode inicialmente trabalhar o awareness para apresentar a novidade ao público, depois investir em branding para consolidar o posicionamento diferencial e, finalmente, direcionar esforços para campanhas de conversão com influenciadores que provoquem respostas imediatas, como promoções exclusivas.

Portanto, pensar no Marketing de Influência apenas como uma vitrine de exibição é um erro, uma vez que ele pode ser parte integrante de toda a jornada do cliente, oferecendo diversos pontos de contato que ampliam o relacionamento com o consumidor.

O custo do Marketing de Influência: desmontando o mito do investimento alto

Existe a falsa ideia de que investir em campanhas de Marketing de Influência é algo necessariamente caro e fora do alcance da maioria das empresas. Na realidade, o mercado de influenciadores no Brasil é extremamente amplo e diversificado, contando com centenas de milhares de criadores de conteúdo – desde aqueles com milhões de seguidores até perfis bem segmentados e com menor audiência.

Esse volume permite que as marcas façam escolhas adequadas ao seu orçamento e ao seu objetivo, levando em conta diferentes formatos e níveis de investimento. Por exemplo, empresas menores ou que desejam iniciar no universo digital podem apostar em microinfluenciadores e nanoinfluenciadores, que apresentam valores mais acessíveis e, muitas vezes, maior engajamento em nichos específicos.

Além disso, o valor de uma campanha depende de três componentes fundamentais:

1. Mídia: ao contratar um influenciador, a marca está adquirindo acesso ao público que acompanha esse profissional nas redes sociais, uma mídia própria do influenciador.
2. Produção: ao contrário de mídias tradicionais, onde o anunciante paga apenas pela veiculação, os influenciadores cuidam da criação do conteúdo, trazendo personalização e autenticidade à mensagem.
3. Imagem: a credibilidade e identificação do público com o influenciador agrega valor à comunicação, algo que vai além de uma peça publicitária convencional.

Assim, o preço reflete a soma desses três aspectos, o que pode parecer mais alto à primeira vista, mas que entrega um pacote completo de comunicação mais engajado e segmentado. É importante ainda destacar que o entendimento do que é “caro” ou “barato” é subjetivo e depende diretamente dos resultados entregues pela campanha, avaliados em relação aos objetivos da marca.

Portanto, é possível planejar uma estratégia de Marketing de Influência que se encaixe dentro de praticamente qualquer orçamento, desde que haja um trabalho estratégico e escolha do influenciador adequado ao propósito.

Número de seguidores não é sinônimo de sucesso: o valor do engajamento e afinidade

Muitos ainda acreditam que o tamanho da base de seguidores é o maior indicador para definir se um influenciador é uma boa escolha para uma campanha. Essa é uma visão simplista e ultrapassada que vem perdendo espaço com a profissionalização do mercado.

Ter milhões de seguidores é atraente, mas não garante envolvimento verdadeiro do público com as postagens. A métrica de engajamento – que pode incluir curtidas, comentários, compartilhamentos e até visualizações de vídeo – é, na prática, mais representativa quanto à capacidade do influenciador de impactar e influenciar o comportamento de seu público.

Além disso, outro fator decisivo é a afinidade do influenciador com o nicho ou os valores da marca. Um influenciador que produz conteúdo alinhado ao segmento do produto tem maior potencial de gerar credibilidade e conversão, independentemente do porte de sua audiência.

Esse entendimento abriu espaço para a valorização dos micro e nano influenciadores, que apesar de contarem com seguidores mais modestos, operam em nichos específicos com audiências altamente segmentadas e engajadas. Eles costumam ter uma relação mais próxima e autêntica com o público, o que frequentemente se traduz em resultados práticos para as marcas.

Portanto, avaliar exclusivamente o número de seguidores sem considerar métricas qualitativas e a congruência do influenciador com a marca pode resultar em campanhas ineficazes.

Complexidade no trabalho com influenciadores: o papel da tecnologia na simplificação do processo

Gerenciar campanhas de Marketing de Influência pode parecer uma tarefa complexa e demorada, especialmente para quem está começando ou não dispõe de equipe especializada. É verdade que a busca por influenciadores adequados, negociações, alinhamento de conteúdo, acompanhamento das postagens e análise de resultados podem exigir bastante esforço quando conduzidos manualmente.

No entanto, o avanço tecnológico trouxe soluções que facilitam muito essa jornada. Hoje existem plataformas digitais que centralizam a busca e o gerenciamento de influenciadores, disponibilizando bancos de dados robustos com perfis segmentados, permitindo que as marcas filtrem de acordo com critérios específicos como nicho, localidade, faixa etária do público, entre outros.

Além disso, essas ferramentas costumam oferecer funcionalidades para acompanhamento das etapas da campanha, análise de engajamento e entrega de relatórios automatizados. Isso agiliza os processos, reduz erros e proporciona maior controle e transparência para as empresas.

Essa tecnologia democratiza o acesso ao Marketing de Influência, abrindo oportunidades para negócios de diferentes portes aproveitarem estratégias eficazes sem precisarem arcar com altos custos ou contratarem grandes equipes dedicadas à gestão dessa área.

A mensuração dos resultados no Marketing de Influência: é possível e necessária

Outro mito bastante recorrente é que não é possível medir com precisão os resultados de campanhas com influenciadores. Na verdade, a mensuração é uma etapa fundamental em qualquer ação de marketing eficiente, e com o Marketing de Influência não é diferente.

Para garantir indicadores tangíveis de desempenho, as campanhas definem desde o planejamento os KPI’s (Key Performance Indicators, ou Indicadores-Chave de Performance), que são as métricas chaves para acompanhar o sucesso da ação.

Esses KPI’s variam conforme o tipo de campanha, podendo incluir métricas como:

• Alcance e impressões das publicações
• Taxa de engajamento (curtidas, comentários, compartilhamentos)
• Cliques em links e chamadas para ação
• Conversões diretas, como compras e downloads
• Crescimento de seguidores e aumento da notoriedade

Além disso, as ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado permitem automatizar a coleta e análise desses dados, tornando o processo mais ágil, eficiente e confiável. Assim, as marcas podem calcular o retorno sobre investimento (ROI) e tomar decisões embasadas para aprimorar suas estratégias.

Portanto, afirmar que é impossível medir o desempenho das campanhas com influenciadores é um mito ultrapassado baseado na falta de conhecimento das ferramentas e metodologias atuais.